EVENTO
FAB participa do maior congresso internacional sobre autismo já realizado no Brasil
A Força Aérea Brasileira (FAB) participou, em junho, do TEA Global Congress 2025, maior congresso internacional sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) realizado no Brasil. O evento, sediado no Caminho Niemeyer, em Niterói (RJ), reuniu mais de seis mil participantes em formato híbrido, presencial e online com acesso gratuito.
Voltado a profissionais da saúde, da educação e familiares de pessoas autistas, o congresso abordou temas como neurodivergência, avanços em neurociência, práticas clínicas baseadas em evidências, diagnóstico precoce, políticas públicas, educação inclusiva e direitos das pessoas com TEA. Representantes de países como Estados Unidos, China, França, Japão, Índia, Alemanha e África do Sul estiveram presentes, reforçando o caráter global do encontro.
A FAB teve participação de destaque com o painel “Acolhimento e Cuidado: Novas perspectivas de atuação da FAB no atendimento a pacientes autistas”. A Capitão Médica Paula Mussi, neurologista pediátrica, apresentou reflexões sobre assistência humanizada e os desafios clínicos enfrentados no contexto militar, em parceria com a Major Médica Edna Fonseca. Ambas atuam no Projeto TEA – Quali SISAU 100, coordenado pelo Hospital Central da Aeronáutica (HCA). A iniciativa visa padronizar o fluxo de atendimento no Sistema de Saúde da Aeronáutica (SISAU), agilizando diagnósticos, intervenções e cuidados especializados, sempre com foco na humanização e no estabelecimento de diretrizes clínicas claras.
O painel também contou com a participação das Capitães Dentistas Deisi Carneiro e Thaís Vilas Bôas, que abordaram estratégias adaptadas ao atendimento odontológico de pacientes com TEA. Ainda, a Tenente Psicopedagoga Rafaela, do Museu Aeroespacial (MUSAL), destacou o projeto Espaço Azul, voltado à acessibilidade sensorial e à inclusão cultural de pessoas autistas em ambientes museológicos.
O TEA Global Congress 2025 reforçou a importância do conhecimento científico aliado à empatia, à escuta ativa e à construção coletiva de soluções para uma sociedade mais inclusiva. A participação ativa de diferentes setores, militar, acadêmico e social, demonstrou que o cuidado com pessoas autistas deve ser integrado, contínuo e centrado na pessoa, valorizando tanto a competência técnica quanto a sensibilidade no atendimento.
Fotos: HCA